Warcraft | Do fracasso a uma grande bilheteria. Mas afinal, onde foi que ele errou?
Warcraft virou notícia novamente, agora pela enorme arrecadação feita na china de cerca de 600 milhões de iêmens (90 milhões de dólares) nos dois primeiros dias no país.
Após ser criticado massivamente pela mídia, pelos críticos e por ter uma arrecadação muito baixa nos Estados Unidos, o filme Warcraft deu uma nova guinada na sua história, conseguindo assim se pagar, além de mostrar que o mercado chinês tem muito para proporcionar aos filmes ($) a partir de agora.
Mas afinal de contas, como um filme tão controverso fez esse sucesso?
Eu pensei o mesmo que você, caro leitor. E nessa matéria vamos falar um pouco dos pontos mais importantes, e lincar com essa nova perspectiva que se abriu esta semana com este resultado.
Warcraft chegou para tentar emplacar o mundo dos games de volta aos cinemas, porém se esqueceu do principal, que é ser um grande filme.
O grande problema de Warcraft não começou no roteiro como todos os críticos apontaram, mas sim no estúdio. Mas afinal porque um estúdio teria culpa por algo assim?
Vamos pelo começo!
Ao se criar uma história, o objetivo é criar uma grande legião de fãs e vários filmes em sequência. No entanto os estúdios hoje não querem mais filmes, eles querem que todos se tornem grandes franquias. Assim gerando sete até oito filmes com o mesmo personagem.
Mas qual o problema com grandes histórias que cabem num só filme?
Nada, acho que elas são incríveis e são elas as que ganham verdadeiramente o público.
O que falta hoje?
Filmes que sejam "fechadinhos", que a história toda se desenrole num filme só.
Todo o grande filme pode virar uma franquia, mas pra isso tem que se subir cada degrau de uma vez. Ou seja, um grande filme, uma história que te prenda, e talvez após os créditos introduzir algo novo para usar num próximo filme.
Hoje, todos os filmes querem ser Marvel, assim como todas as empresa querem virar uma Google, mas todos se esquecem dos passos e dos percalços que aqueles que estão no topo passaram.
Por isso, acho que Warcraft precisa de uma mudança radical para continuar, pois com tantos furos, eu não imagino uma sequência.
Vamos a alguns pontos do filme:
- Porque não foi explicado melhor a origem dos orcs?
O filme mudava muito de cenário e cada momento éramos apresentados a um novo personagem.
Então, de onde eles vieram? Quem são cada um deles?
Essa falta de profundidade na trama atrapalhou muito a história. Eu acho que eles estavam preocupados em mostrar tanta coisa que a mitologia de Warcraft tem, que se esquecerem que só ação e novos reinos não brilham nas grandes histórias de hoje.
- Quem foi o grande vilão da história? Quem realmente é o Gul'dan? Qual origem daquele poder conhecido como a vila?
Isso é um muito importante, afinal não foi bem explicado mas sim meramente pincelado.
Mas o que o filme perde com isso ?
Bom, num mundo onde uma mãe consegue entender o que é um reator Arc que o Homem de Ferro usa no filme, acho que ser de fácil compreensão se tornou algo essencial. Pois o objetivo de Warcraft é ganhar a todos, e não só aqueles que jogaram o jogo.
Eu joguei o primeiro Warcraft, e não me fez diferença nenhuma, mas para quem leu os livros e joga os jogos é claro que fez. No entanto, na minha visão os roteiristas trataram todos os espectadores como jogadores, e conhecedores de todas as histórias, pois não mostraram algumas histórias importantes, e não se aprofundaram na origem de alguns personagens como o Mago Medivh e sua amada Guardiã.
Com isso, muito se perder. Eu não digo que as pessoas não entenderam o filme, pois ninguém é bobo de não compreender, mas esse roteiro esqueceu um dos principais itens que qualquer filme precisa, "o vinculo".
Quando assistimos qualquer filme, só nos apaixonamos por filme que possamos entrar e nos sentir na história, e Warcraft não fez isto. Um exemplo claro que é um filme excelente chamado "Perdido em Marte".
Porque este filme me ganhou?
Será que foi pelos efeitos? pelos vários artistas famosos?
Não, porque Perdido em Marte consegue algo que poucos já conseguiram, ele te coloca dentro da roupa de Mark Watney (Matt Damon). E nesse filme nós passamos cada momento com ele, desde de fome até outros percalços. Mas porque vincula tanto assim?
Porque aquele filme te mostra que ali poderia ser você, o seu vizinho, ou até mesmo o seu pai. Ou seja, qualquer um de nós aqui.
E é esse laço que vincula tanto o espectador com uma obra, e ele que separada os bons, dos filmes que estão só tentando.
Acho que na china foi um lance de sorte, mas isso só o tempo dirá.
Como o filme chegou agora ao mercado chinês temos tempo. Afinal sabemos que "muita água vai rolar".
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Equipe o Claquete.